sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Emoção privada (30-12-08)

Jazem perdidas as inconsoláveis emoções privadas
No teu ser envolto em sombras que teimam em libertar-se.
Encerradas nas masmorras levantadas de passados remotos,
Guardam-te num constante ciclo de negros pensamentos.
As suas rochas são cobertas de uma película
De lágrimas geladas pelo tempo, que não cede nem ajuda.
A minha pobre insistência perdura na minh'alma.
Insisto em elevar-me pelos teus duros muros
Consciente da queda evidente... mas perduro.
Insisto, não desisto, até não ser possivel de novo me elevar.
Nada é eterno, um dia as tuas paredes cederão,
e verão a bela aurora de um renovado dia.

Por entre os destroços desse momento de alegria,
estarei diante do sol da vida, e agarrar-te-ei
E jamais cederás a mágoas que ainda hoje te trespassam.
Em ti confiarei, mesmo que em ti não confies .
Terei fé em ti, mesmo que em ti não acredites.
A sinceridade será minha aliada, mesmo que mintas a ti próprio.
Serei bondosa, mesmo que o teu valor não consigas perceber .
Não te deixarei, mesmo que a tua mente grite que nunca mereceste.

Por entre esse mundo encerrado em ti,
ecoa a tua voz que se quer libertar
Das paredes que se erguem à tua volta.
E em rimas livres, oferecer-te-ei
palavras de consolação dessa eterna solidão.
E continuarei a procurar a oportunidade,
Por amor e enorme vontade
De chegar ao fim desses muros em ti revelados.
Andrea Santos